terça-feira, 25 de maio de 2010

Colossus - Borknagar

Vindo de um tempo morto, cresceu
O ser feito de substância oculta
O princípio da matéria, num salto não-harmonico
Fechou-se num elo de ordem e caos

O tempo dos tempos, a essência do ser
O movimento continuo desperta os vivos
E ingere os raios trêmulos do Sol
Harmonizando as partes num todo vívido

O curso da morte segue ingovernável
Numa espiral infinita rumo ao vazio
A vida cobra o seu preço, e o fim se revela
E o Sol volta sempre ao seu próprio início

O punho cósmico firme. Atento ao clamor dos céus
O nascimento, a viagem, a queda. Se misturam às entranhas da terra fugaz

Chave universal da criação, retirada foi, amolada foi
Assim foi: o cultivo do tempo e da criatura

Fusão total, a união dos quatro – o núcleo da natureza

O universo num rito, numa admirável beleza

O ritmo sustenta a ilusão da matéria
Eterna, infinita e vaga


Os opostos, se pagam, e a fundição se completa
Nada além do processo é então, infinito

Só o interminável é infindável

Eterno, sem fim e indeterminado.


Album: Quintessence. 2000.
(ICS Vortex), Century Media.

Letra Original: http://www.metal-archives.com/viewlyrics.php?id=18029

domingo, 16 de maio de 2010

Tower of Song - Leonard Cohen

Bem, meus amigos se foram e meu cabelo está cinzento
Sofro em lugares que costumava ir à diversão
Estou loucamente apaixonado, mas não continuarei
Pago meu aluguel todos os dias na Torre da Canção


Perguntei a Hank Williams, "Quão solitário está?"
Hank não me respondeu até então
Mas o escuto tossindo a noite inteira
Oh, centenas de andares sobre mim, na Torre da Canção

Nasci assim, não tive escolha
Com uma voz de ouro, desde o nascimento, quanto
E vinte sete anjos doutro plano
Amarraram-me a esta tábua plana, aqui, na Torre do Canto

Então, possa cravar seus alfinetes, um por um, neste bibelô de vodum
Sinto muito, mas este, não se parece comigo
De pé fico, na janela, onde a luz é intensa
Morto aqui será tu por nenhuma amante, não na Torre da Canção


Você até diz que cresci contrariado, talvez tenha razão
Os ricos vão a mesma alcova, feito um pobre desgraçado
Talvez o juizo final esteja se aproximando, posso estar enganado
Você vê, ouça essas risíveis vozes na Torre da Canção

Te vejo, em pé, do outro lado
Não sei como o rio se tornou tão vasto e largo
Te amei, quando voltei
E todas as pontes que nos ligariam, incendiadas estão
Sinto-me perto de tudo perdido por nós
Nunca, nunca mais perderemos tal ligação

Agora me despeço, não sei quando volto
Nós mudaremos amanhã pra 'quele outro torreão
Mas você ouvirá sobre minha pessoa, longo tempo após ter-me ido
Falarei a ti docemente, de uma janela na Torre da Canção

Sim, meus amigos se foram e meu cabelo está cinzento
Sofro em lugares que costumava ir à diversão
Estou loucamente apaixonado, mas não continuarei
Pago meu aluguel todos os dias na Torre da Canção.



Album: I'm Your Man. 1988
(L. Cohen) Stranger Music, Inc.

Letra original: http://www.leonardcohen.com/music.cgi?album_id=10&song_id=8

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